quarta-feira, 30 de março de 2011

É... Mudou mesmo!

E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

FERNANDO VERISSÍMO

quinta-feira, 24 de março de 2011

Processo de Lapidação,

Guimarães Rosa, Grande Sertão. Veredas expressa-se :

" O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam "

Que bom que as pessoas mudam. Um ponto para a esperança. Como é bom saber que nada é nunca, e nunca é sempre. Estamos em processo de lapidação, aprimoramento. Não acabou ainda, há chances de renovar e inovar e então mudar. Não estamos terminados, estamos em acabamento. Isso significa que o fim é onde eu imaginava que seria mesmo, é quando não temos a consciência tudo disso, e a esperança morre.
Rhaísa.

domingo, 20 de março de 2011

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdicio da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."



Essa frase me foi apresentada pela minha mais nova professora de "português". A copiei por copiar, mas depois relendo percebi que tinha muito sentindo pra mim tudo isso, e vim postar ela aqui!
;*

domingo, 13 de março de 2011

sem medos...

Eu estou com um pouco de medo de está fazendo tudo errado. As escolhas erradas.
Que eu sempre tive duvidas, não é novidade pra ninguém que me conhece. Eu reconheço que não sou lá uma pessoa de pulsos firmes nas minhas decisões. Mas tem hora que eu paro e penso, meu Deus, qual o sentido de tudo isso? Escolhas, escolhas, escolhas.
Eu não saí de casa, eu não fui morar a horas da “minha” cidade pra sentir na pele se o que escolhi para cursar é o que realmente corre nas minhas veias. Eu ainda não fugi de casa pra saber se realmente seria melhor estar longe de tudo e todos. Eu não namorei vários garotos pra saber se amor é o que realmente pulsa em meu coração. Amor: tão fácil, tão difícil.
E quando me empenho em algo, sempre paro na metade. O que precisa a Rhaísa para se entregar a vida de verdade? E ter certezas?
Uma hora mulher, uma hora menina. Um dia: felicidade que não cabe no peito. No outro: angustia. Num dia ajudando as cabeças confusas, no outro pedindo ajuda. Num dia quer abraçar o mundo e no outro quer sumir dele.
Sei lá sabe... Eu acho que estou sendo pretensiosa demais em pensar dessa forma. Em pensar que nada parece estar nos eixos. Por que nada está cem por cento bom. Nada nunca é certo.
E tudo se desconstrói. Certezas, idéias, ideologias, sentimentos, olhares. E se edifica novos pensamentos para confundir ainda mais.
Eu só queria ser aparentemente igual a todos, que parecem não se preocuparem com que rumo em que suas vidas tomam. Se o que fazem é certo ou errado. Errado aos olhos de quem vê. Que se contentam em twitar, em uma frase, que o céu esta desabando na cidade. “Talvez ser concisa e simples seja minha nova experiência à trilhar”. Ou que não estão nem aí para o ser artista/criativo que cada um carrega em si. Eu não consigo não pensar, pensar, pensar... Que tudo poderia ser diferente se fosse assim ou assado. Que as oportunidades e circunstâncias mudariam totalmente o rumo da vida. Ou não.
E aí vem eu escrever, aqui onde nem sei bem quem , sobre minhas lamúrias corriqueiras. Mas é que eu to com medo até de estar fazendo um pouquinho errado. Eu não quero decepcionar ninguém. Meu pai, nossa eu queria ser a filha perfeita pra ele se orgulhar. Mas será que vai dar certo? Minha mãe, eu só queria que ela olhasse pra mim um dia com um olhar incentivante. A tal da super-expectativa é uma merda.
Eu só quero crescer, fazer o que eu gosto com certeza no coração, não decepcionar ninguém de verdade, ser reconhecida por quem eu amo, ser feliz, ser abençoada por Deus.
Sem medos... só.