segunda-feira, 9 de maio de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Coragem e Apelo ;
"Jovem americana Jan Rose Kasmir enfrenta os soldados americanos da Guarda Nacional com uma flor nas mãos, durante o protesto anti-Vietnã, em março de 1967."
Coragem e Apelo
Ela se destacava na paisagem hostil. Não por ser bela ou bem vestida, mas por contrastar com as armas e fardas ao seu redor. A aparencia suave transmitia tranquilidade apesar das circuntância.
Pele clara, cabelos negros e curtos. Sua feição seria mais bela com um sorriso no rosto. Todavia, seus olhos amendoados e expressivos explicavam toda tristeza que carregava seu coração. Era mediana em estatura; nem gorda, nem magra.
Era visivel a coragem daquela mulher. Nas mãos, que se juntavam na altura da boca em pose de apelo, seguravam uma pequena flor. Ela queria falar, se manifestar, talvez discutir. No entanto, preferiu posicionar a flor no lugar, onde as palavras seriam inúteis.
Não sabia se comoveria aquelas fardas com tal atitude, mas sabia que deveria tentar. Escolheu o gesto que lhe parecia mais sábio e então arriscou.
Rhaísa Lara ;
Texto descritivo. Feito segundo à foto acima. Aula de redacão. Dia 06 de outubro de 2010.
terça-feira, 19 de abril de 2011
"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.
Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a "coisa" vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.
Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros."
-Salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.-
Eu:
1º que em se tratando de Clarice Lispector, não precisa comentar muita coisa. Ela é simplesmente inspiração.
2º que o texto dela traduz o que é a arte de "escrever". Escrever é um vicio, é desabafo, é acalentar a alma, é eternizar o exposto, é simplesmente escrever. Até para amadores, que só se arriscam -como eu- escrever é deliciosamente irresistivel.
e 3º que a frase que destaquei, para mim é fantastica. Em fim, escrever é a maldição que salva a alma.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Mais uma,
Em quanto tempo passará o efeito, o
Choque de saber que não estará do meu lado?
E o coração palpita o peito,
E eu sei que isso tudo não tem mais jeito.
Mas quanto tempo durará a dor?
Estaríamos juntos agora.
Iríamos arriscar o futuro.
Mas você foi embora
Será que tudo ficará assim?
Não me sinto forte o bastante,
Acho que isso é muito para mim.
Não vou suportar nem mais um instante.
É tão doloroso assim?
Nem que me expliquem mais de mil vezes
Não eu vou entender,
O que seria o bastante
Para nossos planos romper.
Perder você seria me perder no mundo,
Eu tinha medo que isso acontecesse.
Mesmo que só por um segundo,
Um ínfimo instante se perdesse.
Amanha a saudade vai apertar,
Eu vou olhar a minha volta
E vou ver que não está mais lá.
E eu me perguntarei de novo,
Se, sou forte o bastante,
Para te ver indo embora,
E te sentir apenas, distante?
Por Rhaísa Lara, em Abril de 2008, não sei por quê e nem para quê.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Chocolate, chocolate, chocolate...
sábado, 9 de abril de 2011
compartilhando a tristeza
O que escrever em uma semana em que o que mais me IMPACTOU foi uma tragédia no nosso país, – muito acostumado/anestesiado com a violência constante- mais precisamente no estado do Rio de Janeiro, tragédia essa que espalhou perplexidade em todo o Brasil. Creio que toda a nação está em choque.
E até fácil para mim, acreditar sem nada desconfiar, que a nossa presidente, ou presidenta como ela preferir, tenha realmente se emocionado e chorado. Eu chorei. Eu queria saber o que passa nessas mentes brilhantes, sabe? Só pode ser muita merda, desculpem a palavra mas sei que nesses corações Deus não habita. Infelizmente há aqueles que escolhem a forma errada de lidar com seus monstros interiores.
E aí, o que eu poderia escrever diante disso, que nem sei explicar o que é? Foi o que, um massacre? Um extermínio? Uma atitude animalesca? Uma monstruosidade?
Meu Deus! Quanta tristeza. Eu fico imaginando aquelas crianças/adolescentes durante aquela situação horrível, e principalmente eu tento imaginar como será a vida delas daqui para frente. Ter visto suas amigas, é por que o doidão lá fez questão de mirar bem de pertinho na direção das meninas, morrerem de forma tão brutal e ter visto seus colegas/amigos se ferirem e ao mesmo tempo perceber que poderiam ser com qualquer um deles.
Meu Deus! Vou guardar minha perplexidade, e então pedir a Deus, de todo o meu coração que Ele tenha misericórdia da vida dos familiares daquelas crianças mortas e das vitimas, seja ás que foram atingidas e feridas por balas ou ás que foram atingidas e feridas por medo e decepção.
Eu queria até escrever mais, pra mostrar como tudo isso me impactou, mas não. É melhor ficar em silêncio.
=/
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Ja postada, mas eu gosto tanto dela...
Amanhã será melhor que hoje.
Eu hoje acordei como se o mundo fosse meu,
Acordei com vontade de sorrir somente.
Acordei a fim de despertar meu eu,
De entender finalmente, que os meus sonhos são realizáveis.
Estive a fim de entender como consegui,
Como consegui seguir em frente.
Depois de uma longa noite de culpas e desculpas
Percebi que o mundo realmente pode ser mais meu, ser diferente.
Eu acordei hoje com vontade de aproveitar cada minuto do meu dia.
Acordei com vontade de sorrir simplesmente.
Comecei a ver que a noite nunca passaria,
Seu eu não tivesse tido vontade de acordar novamente.
Comecei a perceber que minhas mais belas lembranças,
Eram de conquistas, e de coisas que eu realmente queria fazer.
Se eu Hoje não me motivar e tiver esperança,
Meu futuro em branco, assim sempre vai se fazer!
Eu quero acordar amanha com mais certezas em meu coração.
Quero acordar para sorrir mais uma vez.
Quero lutar por aquilo que não é vão,
Ver o sol brilhar, e ver que belo dia Deus me fez.
Amanhã quero acordar de minhas ilusões e ser apenas aprendiz.
Experimentar o gosto do que é real, sem muito tentar...
Criar motivos, para apenas viver feliz.
E só entender que a vida é melhor do que eu consigo mensurar.
Hoje eu acordei querendo ser algo novo.
Amanha quero acordar sendo algo novo!
Hoje eu agradeço o meu presente.
Amanhã, só peço a Deus belos dias novamente!
Rhaísa Lara
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Eu to feliz,
quarta-feira, 30 de março de 2011
É... Mudou mesmo!
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças
FERNANDO VERISSÍMO
quinta-feira, 24 de março de 2011
Processo de Lapidação,
" O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam "
Que bom que as pessoas mudam. Um ponto para a esperança. Como é bom saber que nada é nunca, e nunca é sempre. Estamos em processo de lapidação, aprimoramento. Não acabou ainda, há chances de renovar e inovar e então mudar. Não estamos terminados, estamos em acabamento. Isso significa que o fim é onde eu imaginava que seria mesmo, é quando não temos a consciência tudo disso, e a esperança morre.
Rhaísa.
domingo, 20 de março de 2011
Essa frase me foi apresentada pela minha mais nova professora de "português". A copiei por copiar, mas depois relendo percebi que tinha muito sentindo pra mim tudo isso, e vim postar ela aqui!
;*
domingo, 13 de março de 2011
sem medos...
Que eu sempre tive duvidas, não é novidade pra ninguém que me conhece. Eu reconheço que não sou lá uma pessoa de pulsos firmes nas minhas decisões. Mas tem hora que eu paro e penso, meu Deus, qual o sentido de tudo isso? Escolhas, escolhas, escolhas.
Eu não saí de casa, eu não fui morar a horas da “minha” cidade pra sentir na pele se o que escolhi para cursar é o que realmente corre nas minhas veias. Eu ainda não fugi de casa pra saber se realmente seria melhor estar longe de tudo e todos. Eu não namorei vários garotos pra saber se amor é o que realmente pulsa em meu coração. Amor: tão fácil, tão difícil.
E quando me empenho em algo, sempre paro na metade. O que precisa a Rhaísa para se entregar a vida de verdade? E ter certezas?
Uma hora mulher, uma hora menina. Um dia: felicidade que não cabe no peito. No outro: angustia. Num dia ajudando as cabeças confusas, no outro pedindo ajuda. Num dia quer abraçar o mundo e no outro quer sumir dele.
Sei lá sabe... Eu acho que estou sendo pretensiosa demais em pensar dessa forma. Em pensar que nada parece estar nos eixos. Por que nada está cem por cento bom. Nada nunca é certo.
E tudo se desconstrói. Certezas, idéias, ideologias, sentimentos, olhares. E se edifica novos pensamentos para confundir ainda mais.
Eu só queria ser aparentemente igual a todos, que parecem não se preocuparem com que rumo em que suas vidas tomam. Se o que fazem é certo ou errado. Errado aos olhos de quem vê. Que se contentam em twitar, em uma frase, que o céu esta desabando na cidade. “Talvez ser concisa e simples seja minha nova experiência à trilhar”. Ou que não estão nem aí para o ser artista/criativo que cada um carrega em si. Eu não consigo não pensar, pensar, pensar... Que tudo poderia ser diferente se fosse assim ou assado. Que as oportunidades e circunstâncias mudariam totalmente o rumo da vida. Ou não.
E aí vem eu escrever, aqui onde nem sei bem quem lê, sobre minhas lamúrias corriqueiras. Mas é que eu to com medo até de estar fazendo um pouquinho errado. Eu não quero decepcionar ninguém. Meu pai, nossa eu queria ser a filha perfeita pra ele se orgulhar. Mas será que vai dar certo? Minha mãe, eu só queria que ela olhasse pra mim um dia com um olhar incentivante. A tal da super-expectativa é uma merda.
Eu só quero crescer, fazer o que eu gosto com certeza no coração, não decepcionar ninguém de verdade, ser reconhecida por quem eu amo, ser feliz, ser abençoada por Deus.
Sem medos... só.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Soluços
Queria falar que ainda sinto medo do desconhecido e ainda não cortei o cordão umbilical da minha mãe-conforto. Queria escrever uma novela e mostrar duas versões da vida, depois escolher qual eu quero para a minha realidade!
E por fim só quero escrever, apenas escrever meus soluços mais recentes. Tirar minhas toneladas dos ombros.
Eu só queria ser mais iguinorante, sabe? Para errar e não me dar conta. Para não ter a sensação de me encurvar a cada erro. Queria achar certos os meus erros e seguir em frente. Tranqüila. Na verdade eu só queria que errar fosse mais difícil e menos freqüente. Mas acho que estou querendo demais.
Vou aprender a expressar olhando nos olhos. Sim eu sei que vou. E então tentar consertar alguns deslizes.
Como dói não conseguir perdoar a si próprio! Agora entendo como é magoar a si próprio. Descubro como é intrigante arrancar meu sorriso e entregá-lo embrulhado para presente.
E o coração já não ordena corretamente os sentimentos que manda para o corpo. E o cérebro fica calado assistindo a confusão dos sentidos. E a alma se angustia. E os olhos já não substituem as palavras. E eu já não sei para onde vou.
Por que não podia ser mais simples? Tudo poderia ser mais simples. O problema é que agora já não depende só de mim. E mesmo se dependesse eu não saberia o que fazer.
Não é desabafo, é confidencia. Não é pedido, é suplica.
E então... Aqui e agora, nem parábolas, nem cantoria, muito menos conto novelista me faria aliviar o fardo pesado que se espalha pelo corpo. Aliviar as toneladas que carrego pela odisséia da vida que estou descobrindo. Parece até demasia da minha parte, atrevimento, mas insisto em explicar que meu coração despeja seus anseios no papel sem medo, de forma que traduza o que lhe enche. Exageros fazem parte do grito de socorro.
Quem vai me salvar de mim mesma? Deus. Deus por que faço isso comigo?
E então o coração que parecia saltar o peito, agora se deleita na tranqüilidade do sono, no alento do travesseiro, na calmaria dos sonhos.
Amanha talvez eu acorde sem ter mil soluços para por no papel.
Rhaísa Lara