sábado, 29 de janeiro de 2011

Soluços

Hoje eu queria ser compositora. Queria compor uma musica que falasse ao coração de quem a ouvisse. Queria saber colocá-la em uma linda melodia, que fizesse o coração mergulhar na mais plena paz. Eu queria ter o poder de dizer tudo o que meu coração está sentindo. De colocar em hino tudo aquilo que meu peito clama. Hoje eu queria ter forças para contar minhas fábulas. Contar como foram minhas ultimas estações. Contar que vivo o inverno em pleno verão.
Queria falar que ainda sinto medo do desconhecido e ainda não cortei o cordão umbilical da minha mãe-conforto. Queria escrever uma novela e mostrar duas versões da vida, depois escolher qual eu quero para a minha realidade!
E por fim só quero escrever, apenas escrever meus soluços mais recentes. Tirar minhas toneladas dos ombros.
Eu só queria ser mais iguinorante, sabe? Para errar e não me dar conta. Para não ter a sensação de me encurvar a cada erro. Queria achar certos os meus erros e seguir em frente. Tranqüila. Na verdade eu só queria que errar fosse mais difícil e menos freqüente. Mas acho que estou querendo demais.
Vou aprender a expressar olhando nos olhos. Sim eu sei que vou. E então tentar consertar alguns deslizes.
Como dói não conseguir perdoar a si próprio! Agora entendo como é magoar a si próprio. Descubro como é intrigante arrancar meu sorriso e entregá-lo embrulhado para presente.
E o coração já não ordena corretamente os sentimentos que manda para o corpo. E o cérebro fica calado assistindo a confusão dos sentidos. E a alma se angustia. E os olhos já não substituem as palavras. E eu já não sei para onde vou.
Por que não podia ser mais simples? Tudo poderia ser mais simples. O problema é que agora já não depende só de mim. E mesmo se dependesse eu não saberia o que fazer.
Não é desabafo, é confidencia. Não é pedido, é suplica.
E então... Aqui e agora, nem parábolas, nem cantoria, muito menos conto novelista me faria aliviar o fardo pesado que se espalha pelo corpo. Aliviar as toneladas que carrego pela odisséia da vida que estou descobrindo. Parece até demasia da minha parte, atrevimento, mas insisto em explicar que meu coração despeja seus anseios no papel sem medo, de forma que traduza o que lhe enche. Exageros fazem parte do grito de socorro.
Quem vai me salvar de mim mesma? Deus. Deus por que faço isso comigo?
E então o coração que parecia saltar o peito, agora se deleita na tranqüilidade do sono, no alento do travesseiro, na calmaria dos sonhos.
Amanha talvez eu acorde sem ter mil soluços para por no papel.

Rhaísa Lara

Querido ano velho,


As fotos são só para mostrar o quanto eu acho que o ano de 2010 valeu a pena!
Sem retrospectivas,
" Eu parei esses dias para reler minhas antigas postagens, me surpriendi. Quanta coisa mudou em mim, querendo eu ou não mudaram muitas coisas. Foi um ano incrivel. Foi igual a todos mas foi recompensador.
Eu aprendi a amar aquilo que eu jamais pensei amar, me adaptei a coisas que antes eram tão repulsivas, carrego bandeiras que "ontem" nem imaginava.
o ano de 2010 foi uma ótima escola para o ano de 2011, 2012, 2013, 2014, 2015... em fim, foi muitooooooooo bom. Mas foi... "
;)